O silêncio predomina nos campos minados da imaginação
Portas que se abrem , memórias que se recordam, armadilhas que esperam pelo minimo descuido
Portas que as vezes deveriam ser mantidas fechadas.
Mas com a mesma curiosidade de uma criança, ousas desbravar por caminhos sinuosos e desconhecidos
Feres os teus pés e deixas o sangue jorrar, com as lágrimas , não de sofrimento
Mas de alegria , por teres sido outrora um ser humano
Qual ser mítico, que se metamorfoseia em algo novo ; acorda do seu casulo menos homem
E caminha nesta terra não mais perfeito.
Com as memórias vem também o arrependimento, a decisão foi tua, mas culpas o mundo da tua infelicidade
Apontas agora o dedo à criatura que consideras ser teu inferior , teu subordinado, teu escravo.
Torturas sem descanso a mente já conturbada destas humildes obras de Deus numa animalesca demonstração de ódio.
Mas é a inveja que te consome! Ascendeste aos céus na ânsia de te tornares perfeito para no final perceberes que a perfeição não se conquista
Constroi-se, molda-se à medida que caminhamos neste mundo
Transmite-se nos genes, e passa de geração em geração num processo natural de aperfeiçoamento tendo em vista a tão aclamada Perfeição.
Marchas agora mais os teus exércitos, praga da sociedade e doença da elite; caminhas em direcção ao centro do conhecimento para o destruir, para que a verdade mais não se saiba e para que o mundo mergulhe na tua escuridão
E é assim que conquistas o mundo, com um punho de ferro, uma ambição atroz e com o silenciar das vozes dos intelectuais e dos menos iluminados.
E em silêncio permanecemos , na sombra da sociedade de ontem; na recordação do passado e de dias melhores, na esperança de que o futuro nos traga a luz de outros dias.
Mas o sol não brilhará enquanto não fizermos por isso, não mais a luz entrará nas nossas casas nem o conhecimento será o nosso prato predilecto
SE fecharmos as nossas bocas e os nossos olhos à injustiça e nos deixarmos manipular pelas mentes perversas.
nhami nhami
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