PRINCIPIO:
Procuras uma equação que torne tudo mais simples , uma resposta a todas as questões que te atormentam
O sufoco de não saber , o porquê de existir, o medo de acordar para uma realidade que não a tua, falhar, cair e não mais levantar, um labirinto de ilusões, uma
prisão de carne , o teu corpo limita os teus sentidos e a tua alma anseia por liberdade; as correntes da mente à muito te prendem ao chão, Ícaro pagou por voar demasiado alto,
tu sofres porque não te levantas, beijas o chão que outros pisam e lambes as suas botas, escravizado pela tua ignorãncia sucumbes à sua ganância, dizem-te o que fazer,
quando e como, és vazio, não tens vontade própria , na tua mente diambulam ideias que julgas ser tuas , mas quem puxa as cordas são eles, os teus mestres , o teu Deus.
Assim continuarás mais morto que vivo, um livro por escrever , uma vida por viver , uma existência errática uma mente à deriva, levada pela corrente dos acontecimentos.
Meio:
Sussurros ao ouvido de quem não ouve, nem vê o fim a apróximar-se...esconde as lágrimas que te caem pelo rosto, a vida não é mais do que uma peça, e a tua está impragnada pela tragédia.
Para quê dar-me ao trabalho de te dizer o que deves fazer, quando tu mesmo avanças para o precepício, precepitas-te para a tua própria destruição...e fazes-lo de livre vontade...
Não puxo cordas, não controlo a tua mente, apenas observo, dou um empurrão, nada mais do que isso... és tu quem aperta o gatilho, és tu quem mancha as mãos de sangue.
FIM:
A corda ao pescoço, a cadeira baloiça num vai vem que liga os mundos, a morte e a vida fundem-se num momento que parece durar uma eternidade, a sorte ou o destino ditarão a tua sentença...
Viver, morrer, partir ou ficar, tudo parcelas de uma equação influênciada pelas incertezas do destino, certeza apenas que partiremos, sem saber o dia ou a hora, sem saber se teremos
oportunidade de dizer adeus...equação com única constante a certeza que o fim virá...
Estava a admirar o teu retrato e a pensar que te poderia admirar para todo o sempre e isso daria algum sentido à minha existência.
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